quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O amor fofo


Duas observações não conectadas entre si:

1) Alguém mais percebeu a exata semelhança entre o estado de humor que as pessoas tendem a desenvolver nesta época de final de ano, e o estado encenado pelos personagens das telenovelas brasileiras nos capítulos finais?

2) Desconfio dos supostos gestos tipicamente amorosos - ou "típicos de quem está apaixonado" ou mesmo "de quem está amando"- por uma razão muito simples: não existe duas pessoas que amam do mesmo jeito. Me soa mal aquele que se esforça por oferecer mostras de amor "fofas". Não gosto do "amor fofo".

2 comentários:

  1. Era um jogo de perdas,
    nosso amor de ausências.
    Ilustrei-o tal qual o caixeiro viajante,
    meu amado amante
    a cada cinco dias em cidade distante.
    E me acostumei a despedi-lo,
    despachá-lo
    embarcá-lo.
    Me acostumei a dizer adeus
    como se domasse minha alma a uma perda derradeira,
    e me alegrava
    cada reencontro como a vez primeira.
    Eu me apaixonava de forma verdadeira
    cada vez que recordava do formato e maciez de sua boca,
    pois me esquecia da forma como sua presença me aquecia
    e quando ele voltava,
    não precisava ser perfeito

    pois amor é um tipo de acerto
    que o coração acredita
    para se dizer satisfeito.

    Cura, abundância e prazer,

    Thais Fernanda Arado

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  2. Porque o amor é um tiro no peito
    que o coraçao mesmo dspara
    e depois repara
    que errou em cheio.

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