quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sociedade e Indivíduo



Será que a irresolutividade que atravessa a percepção daqueles que não conseguem enxergar soluções possíveis para os problemas sociais, não passa pela mesma impossibilidade resolutiva com a qual imperceptivelmente (ou não) se deparam frente às suas próprias agruras? Diante de suas próprias questões íntimas?

Como se a incapacidade de encontrar soluções possíveis para problemas sociais fosse uma projeção da incapacidade própria de se conceder satisfação? E, por efeito, se eu não consigo me satisfazer, tampouco encontrar inspirações para me mexer, a sociedade também não o poderia. Assim, cria-se o curto circuito da impossibilidade, sociedade e indivíduo seriam espelhos, um do outro.

Algo como "a sociedade saciada pelo convencimento da impossibilidade, que, por efeito, deriva-se atualizando institucionalmente um cálculo de gozo neurótico"

Nenhum comentário:

Postar um comentário